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Salve sua mente antes que seja tarde!


Como você cuida do seu bem estar? A Inteligência Emocional é um tema antigo da Psicologia e vem estudando nossa capacidade de reconhecer sentimentos e os dos outros e de como lidar com eles.

Quando se fala em Emoção é muito comum pensarmos em Emoções Positivas e Negativas, sempre falando da alegria como positiva, e, da tristeza, da raiva e do medo como negativas. Mas não é bem assim. As emoções em si não são boas nem ruins, e sim, a forma como, de fato, lidamos com elas.

O Filme “Divertidamente”, da Pixar, retrata muito bem isso. É uma animação que conta a história da menina Riley, de onze anos, que vê sua vida virar de cabeça para baixo após uma mudança de cidade. Daí surgem várias emoções, que aparecem como personagens: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza.

O que mais me chamou atenção no filme foi como o autor evitou tornar a Tristeza a grande vilã da história. Ao contrário, por mais que a Alegria se esforçasse para “levantar” a Tristeza, no final ela compreendeu sua importância e necessidade de existir junto às outras emoções.

Assim, o filme mostra que está tudo certo mesmo quando não conseguimos sorrir, e que quando aceitamos uma emoção estamos prontos para lidar com ela de uma forma melhor.

Dois movimentos tendem a surgir quando se pensa nas emoções: ou a expressão desmedida ou a completa repressão dela. A pessoa então se diz: “agora não vou guardar mais nada, vou simplesmente expressar tudo o que eu sinto!” Ou então: “é melhor guardar tudo para não sair por aí fazendo besteira”.

Muito difícil conseguir ter inteligência emocional tentando controlar as emoções dessa maneira. As emoções são um terreno delicado que têm ligação direta com nossos gatilhos mentais, e muitos fatores externos podem desencadeá-las sem a menor cerimônia. Além disso, reprimir algo pode ser tão nocivo a ponto de criar sintomas disfuncionais e até mesmo doenças, bem como falar de qualquer maneira pode ser um tanto quanto inadequado e indelicado para aqueles a quem amamos.

É importante ter uma visão de um escorrega. Muito difícil fazer alguma coisa quando você já se sentou no escorrega para descer... Você chegou no ponto em que não há retorno! Mais complexo ter Inteligência Emocional nesse momento! Mas se você ainda está subindo as escadas do escorrega você pode fazer algo. Este processo de subida é o Autoconhecimento. Você pode descer e sentar-se.

Confira a seguir Quatro dicas para o seu Bem Estar Emocional (antes de estar no ponto de não retorno!):

1) Aceite toda e qualquer emoção e deixe o julgamento de lado naquele momento.

Virginia Satir, notável terapeuta norte-americana das décadas de 70 e 80, falava que quando não aceitamos nossas emoções criamos Estados Sobre Estados. Por exemplo, ao sentirmos uma Tristeza, ficamos com Raiva, e, então temos um duplo problema, ou seja, uma Raiva da Tristeza. Isso é muito comum. Note que o problema real não é a emoção original, pois a emoção faz parte da natureza humana. O problema mesmo é não aceitarmos a emoção e ficarmos com uma segunda emoção decorrente do julgamento que fazemos em seguida.

Situação: Uma amiga não deu atenção a você, e, você ficou muito triste, e, falou isso para ela. Em seguida, você ficou com muita raiva de si mesma achando que é muito boba e que ela não está nem aí pra você.

2) Perceba os pensamentos, as imagens, as sensações do seu corpo, as emoções e o seu julgamento

Quando você notar que seu Humor está piorando, pergunte a si mesmo: o que está passando pela minha cabeça agora? O que estou sentindo no meu corpo? Tem algum pensamento automático que passa pela minha cabeça? Normalmente temos pensamentos muito automáticos e imagens associadas a eles, que passam pela nossa cabeça em milésimos de segundos, dos quais não temos sequer consciência, mas que, se começarmos a colocar um pouco de atenção, certamente se tornarão conscientes.

Estes aspectos – pensamentos, sensações e emoções - são a tríade que cria as nossas ações (comportamentos) diante das situações.

Seguindo o exemplo acima seu pensamento poderia ser:

Pensamento automático: “Minha amiga não me deu atenção então ela não gosta nem um pouco de mim”. Imagem: “Ela dando de ombros para mim”. Sensação: “Nó na garganta”. Emoção: Tristeza. Ação (Comportamento): “Interrompi o assunto e fingi que tinha que desligar”. Julgamento: Raiva por estar me sentindo assim”.

3- Crie uma intenção de mudança e o hábito de anotar suas percepções

Quando você registra de alguma forma como você se sente, seus pensamentos, sensações e emoções, e principalmente uma intenção de mudança, você vai modelando sua mente para momentos futuros, de modo a construir estados de solução.

Situação: “Qual a evidência de que isso é verdadeiro? Há alguma explicação alternativa? Eu poderia superar isso? O que eu posso fazer sobre isso?”

4- Adote práticas de respiração e relaxamento e cuide de você de uma forma integral

Aqui está a parte mais importante. Quando você relaxa, respira, se alimenta bem, se movimenta fazendo atividade física diária, tudo isso cria uma profilaxia do bem estar, e também estados profundos de leveza que permitem uma conexão com recursos internos antes de você entrar em situações de conflito e estresse. Mas, além disso, você cria novas sinapses no seu cérebro que permitem que neurotransmissores positivos circulem nele, fazendo a “leitura” do bem estar.

Uma parte de nós é consciente, mas existe uma parte muito maior que é nosso lado inconsciente. Além de gerenciar aspectos do funcionamento do nosso corpo, ele também cuida do nosso lado psíquico, emocional e espiritual.

Portanto, se você estiver, verdadeiramente, prestando atenção em como você caminha pela vida, não de uma forma automática e frenética, mas de uma forma consciente e amorosa, você estará, não apenas salvando sua mente, mas garantindo suas conquistas e a qualidade dos seus relacionamentos.

O oposto disso será estar à mercê de eventos externos que serão uma espécie de controle remoto das suas emoções.

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